Falso: Áudio que chama a atenção para o momento de maior contágio da pandemia

 

Projeto de extensão da Universidade de Gurupi sobre Educação Midiática e Checagem de Fatos
Acadêmica: Nathália Costa | Professoras: Gabriela Melo e Marina Bitar

Circula pelas redes sociais, um áudio que chama a atenção para o momento de
maior contágio da pandemia do Coronavírus. Na data em que a mensagem foi propagada,
em abril de 2020, o Brasil ainda estava no início da curva de crescimento e não era possível
prever um pico de contágio. O pesquisador Fabrício Campos, da área de Microbiologia, Bioinformática
e Virologia e professor do curso de Engenharia, do campus da UFT de Gurupi, destaca a importância
de estar informado sobre os casos da região. “Acompanhar o número de casos, atendimentos e internações
em hospitais e o número de óbitos é o que tem sido feito para estimar a evolução da pandemia em cada região.
Embora haja uma diminuição nesses números, há um risco eminente de uma terceira onda
se as pessoas e os governos continuarem agindo como se a pandemia tivesse acabado".

Ao mesmo tempo, se começa a falar em uma possível 3ª dose da vacina, mas esquecemos
que isso pode não ser suficiente para segurar a pandemia”, afirma. É preciso analisar as medidas tomadas, como decretos e
fiscalizações que podem influenciar nas curvas de crescimento. Campos destaca que esse aumento pode ocorrer também pelo descuido
com cuidados ditos não farmacológicos, como uso de máscaras, evitar aglomerações e passar álcool nas mãos, etc.
Além é claro, da vacinação. “Estamos num momento que ainda o percentualmente de pessoas
completamente imunizado é baixo (17,28% da população tocantinense tomou as duas doses, segundo dados do Vacinometro, destaca o professor.

A vacinação é uma importante aliada contra a propagação do vírus e protege também contra casos mais graves da doença.
“A principal função da vacinação é impedir os casos graves e evitar mortes. Claro que ela também ajuda a pessoa infectada a disseminar
uma quantidade menor de vírus e auxilia no combate ao vírus no caso de uma infecção. Contudo, é necessário reforçar que as vacinas sozinhas
não irão acabar com a pandemia, é preciso continuar com as medidas protetivas” enfatiza o pesquisador.


O áudio em questão, fala de Fortaleza, capital do Ceará, mas circulou em grupos do Tocantins. Por isso, verificamos os dadode casos confirmados no período em Palmas, Araguaína, Dianópolis e Gurupi, confirmando que a informação além de falsaestá descontextualizada e não se aplica à região do Tocantins.


Fonte: Centro de Informações Estratégias da Vigilância em Saúde – CIEVS/TO


O grupo de checagem de fatos “Rum, conversa!”, da Universidade de Gurupi (UnirG), alerta que desinformaçõespodem voltar a circular em contextos e momentos diferentes. Por isso, é necessário realizar uma pesquisa rápida em sites de busca, como o Googleepara verificar se alguma agência de checagem já verificou a veracidade das informações em destaque. 


Fontes:


Comentários